Ministra Marta Suplicy
visita o atelier de restauração da brasileira Regina Costa Pinto.
As mãos que retocam
importantes obras de arte do Museu do Louvre são da restauradora brasileira
Regina Costa Pinto Moreira. A baiana que trabalha há mais de 40 anos para o
museu mais visitado do mundo já se dedicou à restauração de telas de Tiziano,
Caravaggio, Goya, El Greco, Manet, entre outros. Considerada uma das principais
restauradoras na França e inclusive premiada pela Assembleia do Senado Francês,
Regina agora trabalha na restauração da obra "Bethsaba segurando a carta
de Rei Davi", de Rembrandt. "É um trabalho minucioso. Estou
trabalhando desde janeiro nesta tela e só devo acabar em junho", explica.
A ministra da
Cultura, Marta Suplicy, foi conhecer de perto o trabalho da brasileira que mora
em Paris e pensa em levar o modelo de trabalho dos franceses para o Brasil:
"É um trabalho inspirador e nós devemos focar em um Centro de Restauração
para os museus federais nos moldes do Louvre. É uma forma interessante de se
trabalhar", destaca a ministra.
A ideia é montar um
Centro Referencial de Restauração Nacional com um laboratório para fazer um
exame das obras e definir o trabalho que deve ser realizado em cada peça. A
contratação da restauração é feita por obra por meio de licitação. "A
intenção é conjugar recursos públicos e privados para se manter um grande
programa de restauração e conservação de obras", explica Ângelo Oswaldo,
presidente do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram). No Louvre, cerca de 1600
obras são restauradas anualmente.
Intercâmbio
Brasil-França
Desde o ano passado,
o Brasil concede, a cada ano, bolsas a três estudantes de mestrado ou doutorado
em universidades brasileiras para participar do Seminário Internacional de
Verão de museologia, da Escola do Louvre, e de estágios em museus de Paris ou da
região parisiense indicados pela Escola, perfazendo até três meses de
intercâmbio na França. A Escola do Louvre, igualmente, enviará três estudantes
franceses, anualmente, para estágios de até três meses em museus brasileiros
indicados pelo Ibram.
Quanto ao intercâmbio
profissional, anualmente os países se comprometeram a enviar um profissional ou
docente da área de museologia para ministrar seminários de uma semana sobre
temas de interesse mútuo. No ano passado, o Brasil enviou um professor, que
ministrou curso de uma semana na Escola do Louvre sobre a museologia no Brasil,
com foco em museologia social. Neste ano, o Brasil receberá uma professora
francesa que ministrará curso de uma semana sobre estudos de público e
acessibilidade a museus.
A Escola do Louvre é
uma instituição de ensino superior, vinculada ao Museu do Louvre e ao
Ministério de Cultura e Comunicação da França, que ministra cursos nas áreas de
museologia, história da arte, antropologia e arqueologia.
Fonte: Ministério da Cultura
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