sábado, 21 de dezembro de 2013

Realidade aumentada possibilita passeio virtual através de aplicativo a museu de BH




Ivan Lobato, diretor da Gaz Game e produtor do app, explica o recurso de realidade aumentada à visitante


Trabalhos tecnológicos que propiciam visitas virtuais a locais especiais, como museus e galerias, já estão disponíveis em várias cidades. Belo Horizonte mesmo conta com alguns pontos bem interessantes pelos quais o visitante pode passear sem sair de casa. Esses trabalhos, entretanto, são geralmente oferecidos via site. Ou seja, é preciso estar conectado à internet para navegar pelo lugar e suas atrações.
O Museu das Minas e do Metal (MMM), entretanto, passou a oferecer na semana passada (lançado no dia do aniversário de Belo Horizonte) serviço semelhante, só que via aplicativo. Ou seja, o visitante virtual não precisa estar on-line para acessar o espaço. Basta baixar o app Media Guide MMM, que é gratuito, que a partir de então o museu pode ser visto de qualquer lugar e a qualquer hora. Downloads do aplicativo estão disponíveis nas lojas Google Play, para tablets e smartphones (equipamentos com telas sensíveis ao toque) equipados com sistema operacional Android, e na Apple Store, para dispositivos Apple. É só acessar as lojas e fazer busca por Media Guide MMM.
Via aplicativo, o Museu das Minas e Metal – que desde o dia 1º está sob gestão do Grupo Gerdau – passou a ser o primeiro do Brasil a disponibilizar um tour virtual completo por suas salas e acervo, extrapolando seus limites físicos e promovendo entre os usuários maior acesso aos seus conteúdos. São 18 salas e 44 atrações espalhadas por seus três andares, que abrigam importante acervo sobre mineração e metalurgia. Com o Media Guide MMM, o museu amplia seus recursos tecnológicos concebidos para destacar, de forma lúdica e interativa, a importância dos metais e minerais no cotidiano das pessoas.

Ele marca também a relação entre a história e as expressões culturais de Minas Gerais com a riqueza de seus recursos naturais. O MMM integra o Circuito Cultural Praça da Liberdade e ocupa o antigo edifício da Secretaria de Estado da Educação, inaugurado em 1897 e tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG). O Media Guide MMM contou com patrocínio da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) por meio da Lei de Incentivo à Cultura (Rouanet).
O visitante também tem acesso à transcrição dos áudios das atrações, o que possibilita a independência e autonomia de pessoas com alguma deficiência auditiva. Para os estrangeiros, o aplicativo tem versões em inglês e espanhol. São também oferecidas informações gerais sobre o MMM, como endereço, horário de funcionamento e como chegar. Além disso, são sugeridos roteiros virtualmente guiados, cujo tema e caminho encontram-se previamente definidos. Foram selecionados quatro roteiros: Mama África, Viageiros, Horizonte secreto e Miragens, sendo que este último foi feito exclusivamente para usuários do aplicativo. Cada um deles se divide em outros três sub-roteiros, que, além de elaborados com temáticas específicas, foram divididos por tempo estimado de visitação, para que o visitante possa se programar de acordo com os assuntos de seu interesse ou pelo tempo que dispõe para permanecer no museu.

Como usar o aplicativo

Depois de baixado, o aplicativo abre uma tela inicial que oferece quatro funcionalidades. A primeira é um mapa que mostra o que há nos três andares do edifício e suas atrações. A segunda e bem interessante, chamada Visita virtual, é toda constituída por fotos detalhadas de todo o prédio. Com o dispositivo móvel, o visitante consegue passear por todo o MMM, dirigindo-se às salas que quiser e obter todas as informações das atrações. E pode conferir in loco a veracidade da sua visita virtual. A terceira funcionalidade, Roteiros, que são virtualmente guiados, apresenta temas previamente definidos. São quatro no momento: Mama África, Viajeiros, Horizonte Secreto e Miragens. Todos se dividem em outros três sub-roteiros. E a quarta funcionalidade, Realidade aumentada, é a que permite com a câmera do dispositivo móvel obter imagens em 3D e informações sobre determinados assuntos fixados em totens (são 13) distribuídos pelo MMM.





O Media Guide MMM começou a ser desenvolvido em fevereiro pela empresa Gaz Games, especializada na criação de jogos digitais, softwares e aplicativos. A ideia nasceu depois de o próprio museu identificar a necessidade de um trabalho tecnológico que facilitasse às pessoas conhecê-lo. “No início, nem o MMM sabia direito o que fazer, tanto que abriu uma concorrência para uma definição. Nossa proposta, a de fazer com que um visitante pudesse conhecer suas instalações e obras sem, contudo, estar dentro dele, acabou vitoriosa”, revela Ivan Lobato, diretor da Gaz Games.


Ele conta que já pesquisou e não encontrou em nenhum lugar um trabalho assim, ou seja, uma ferramenta que propicie uma visita virtual a um lugar com todas as imagens do local e do acervo em 3D e via aplicativo. “Pode até haver, mas não encontramos exemplo similar. Portanto, acho que o MMM é o primeiro museu do mundo a contar com um trabalho nessas condições”, diz Ivan Lobato, ressaltando que no total foram gastas mais de 2 mil horas e tiradas mais de mil fotos internas e externas do prédio, além do uso de mapas e plantas arquitetônicas do local.

Baixando o aplicativo, o visitante tem, então, como fazer um passeio por todas as instalações do MMM abertas ao público, tendo como localizar salas e atrações específicas. O trabalho oferece um mapa 3D com a representação dos três andares do prédio. Assim, a pessoa que nunca esteve no museu consegue “andar” por ele e entrar em contato com toda a museografia e espaços físicos do edifício. E caso esteja visitando o local, o aplicativo facilita a consulta de informações sobre o acervo.

Um dos principais destaques do Media Guide MMM são seus recursos de realidade aumentada disparados por meio de imagens especiais espalhadas pelo museu, ferramenta que permite ao visitante entender um pouco mais sobre a arquitetura e a restauração do edifício. No interior do museu estão espalhados alguns totens com determinadas imagens. Quando a câmera do dispositivo móvel (tablet ou smartphone) é direcionada à figura estampada no totem, ela é substituída por outra tridimensional.

O acervo do MMM foi separado em diferentes categorias, com descrição das obras por meio de textos, imagens e vídeos, além de um glossário com temas específicos de arte e geociências. De acordo com Ivan Lobato, o projeto foi desenvolvido por uma equipe multidisciplinar, composta por programadores, modeladores 3D, artistas, designers, historiadores e educadores.

FONTE: EM.com.br

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

MUSEU INIMÁ DE PAULA SEGUIRÁ EM PRÉDIO NA RUA DA BAHIA POR PELO MENOS MAIS 20 ANOS



 Fonte: google


Fonte: google

A exposição das mais de 100 obras do mestre mineiro das cores Inimá de Paula continuará ocupando o museu que tem o nome do artista localizado na Rua da Bahia, no Centro de Belo Horizonte, por pelo menos mais 20 anos. Na noite desta quarta-feira, o governador Antonio Anastasia vai assinar o termo de permissão de uso do espaço junto com a secretária de Cultura, Eliane Parreiras, e pelo presidente da Fundação Inimá de Paula, Paulo Lasmar. 

O espaço Inimá de Paula, no salão central, abriga uma exposição permanente de mais de 100 obras do mestre mineiro das cores, uma remontagem de seu ateliê e uma apresentação dramática de seus autorretratos. A galeria virtual mostra todas as 1.860 obras catalogadas ao longo de 10 anos, onde o visitante opera de forma simples e moderna o sistema que traz uma experiência visual inédita. Além de expor obras de artistas consagrados, o Museu oferece oportunidade para os jovens talentos exibirem seus trabalhos em um espaço de primeira grandeza.

No local ainda tem um teatro-cinema com 140 lugares, um cybercafé e uma programação especial, voltada para a arte e educação, atendendo escolas, que encontram ferramentas audiovisuais interativas. “Além de ser um tributo à memória e à obra de um grande mineiro, o Museu Inimá de Paula tem um importante papel na difusão da cultura de Minas Gerais. A instituição guarda o acervo do grande artista nascido no Vale do Rio Doce e abriga eventos que tornam mais vivo o centro da capital mineira”, afirma Anastasia.

No prédio, construído em 1932, já funcionaram o Clube Belo Horizonte e o Cine Guarani. O imóvel pertence ao Estado de Minas Gerais e foi cedido, em 2006, em regime de comodato, à Fundação Inimá de Paula para abrigar o acervo de obras do artista, além de mostras esporádicas. O museu foi inaugurado em abril de 2008. Com a renovação da cessão do imóvel, a Fundação continua responsável pela manutenção e conservação do prédio e por desenvolver atividades de interesse público, sem fins lucrativos.

Entre as regras estabelecidas, está a de submeter qualquer obra de recuperação, restauração e adaptação do imóvel à aprovação do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG) e do Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte (CDPCM/BH).

Click aqui para acessar o site do museu.