sábado, 21 de dezembro de 2013

Realidade aumentada possibilita passeio virtual através de aplicativo a museu de BH




Ivan Lobato, diretor da Gaz Game e produtor do app, explica o recurso de realidade aumentada à visitante


Trabalhos tecnológicos que propiciam visitas virtuais a locais especiais, como museus e galerias, já estão disponíveis em várias cidades. Belo Horizonte mesmo conta com alguns pontos bem interessantes pelos quais o visitante pode passear sem sair de casa. Esses trabalhos, entretanto, são geralmente oferecidos via site. Ou seja, é preciso estar conectado à internet para navegar pelo lugar e suas atrações.
O Museu das Minas e do Metal (MMM), entretanto, passou a oferecer na semana passada (lançado no dia do aniversário de Belo Horizonte) serviço semelhante, só que via aplicativo. Ou seja, o visitante virtual não precisa estar on-line para acessar o espaço. Basta baixar o app Media Guide MMM, que é gratuito, que a partir de então o museu pode ser visto de qualquer lugar e a qualquer hora. Downloads do aplicativo estão disponíveis nas lojas Google Play, para tablets e smartphones (equipamentos com telas sensíveis ao toque) equipados com sistema operacional Android, e na Apple Store, para dispositivos Apple. É só acessar as lojas e fazer busca por Media Guide MMM.
Via aplicativo, o Museu das Minas e Metal – que desde o dia 1º está sob gestão do Grupo Gerdau – passou a ser o primeiro do Brasil a disponibilizar um tour virtual completo por suas salas e acervo, extrapolando seus limites físicos e promovendo entre os usuários maior acesso aos seus conteúdos. São 18 salas e 44 atrações espalhadas por seus três andares, que abrigam importante acervo sobre mineração e metalurgia. Com o Media Guide MMM, o museu amplia seus recursos tecnológicos concebidos para destacar, de forma lúdica e interativa, a importância dos metais e minerais no cotidiano das pessoas.

Ele marca também a relação entre a história e as expressões culturais de Minas Gerais com a riqueza de seus recursos naturais. O MMM integra o Circuito Cultural Praça da Liberdade e ocupa o antigo edifício da Secretaria de Estado da Educação, inaugurado em 1897 e tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG). O Media Guide MMM contou com patrocínio da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) por meio da Lei de Incentivo à Cultura (Rouanet).
O visitante também tem acesso à transcrição dos áudios das atrações, o que possibilita a independência e autonomia de pessoas com alguma deficiência auditiva. Para os estrangeiros, o aplicativo tem versões em inglês e espanhol. São também oferecidas informações gerais sobre o MMM, como endereço, horário de funcionamento e como chegar. Além disso, são sugeridos roteiros virtualmente guiados, cujo tema e caminho encontram-se previamente definidos. Foram selecionados quatro roteiros: Mama África, Viageiros, Horizonte secreto e Miragens, sendo que este último foi feito exclusivamente para usuários do aplicativo. Cada um deles se divide em outros três sub-roteiros, que, além de elaborados com temáticas específicas, foram divididos por tempo estimado de visitação, para que o visitante possa se programar de acordo com os assuntos de seu interesse ou pelo tempo que dispõe para permanecer no museu.

Como usar o aplicativo

Depois de baixado, o aplicativo abre uma tela inicial que oferece quatro funcionalidades. A primeira é um mapa que mostra o que há nos três andares do edifício e suas atrações. A segunda e bem interessante, chamada Visita virtual, é toda constituída por fotos detalhadas de todo o prédio. Com o dispositivo móvel, o visitante consegue passear por todo o MMM, dirigindo-se às salas que quiser e obter todas as informações das atrações. E pode conferir in loco a veracidade da sua visita virtual. A terceira funcionalidade, Roteiros, que são virtualmente guiados, apresenta temas previamente definidos. São quatro no momento: Mama África, Viajeiros, Horizonte Secreto e Miragens. Todos se dividem em outros três sub-roteiros. E a quarta funcionalidade, Realidade aumentada, é a que permite com a câmera do dispositivo móvel obter imagens em 3D e informações sobre determinados assuntos fixados em totens (são 13) distribuídos pelo MMM.





O Media Guide MMM começou a ser desenvolvido em fevereiro pela empresa Gaz Games, especializada na criação de jogos digitais, softwares e aplicativos. A ideia nasceu depois de o próprio museu identificar a necessidade de um trabalho tecnológico que facilitasse às pessoas conhecê-lo. “No início, nem o MMM sabia direito o que fazer, tanto que abriu uma concorrência para uma definição. Nossa proposta, a de fazer com que um visitante pudesse conhecer suas instalações e obras sem, contudo, estar dentro dele, acabou vitoriosa”, revela Ivan Lobato, diretor da Gaz Games.


Ele conta que já pesquisou e não encontrou em nenhum lugar um trabalho assim, ou seja, uma ferramenta que propicie uma visita virtual a um lugar com todas as imagens do local e do acervo em 3D e via aplicativo. “Pode até haver, mas não encontramos exemplo similar. Portanto, acho que o MMM é o primeiro museu do mundo a contar com um trabalho nessas condições”, diz Ivan Lobato, ressaltando que no total foram gastas mais de 2 mil horas e tiradas mais de mil fotos internas e externas do prédio, além do uso de mapas e plantas arquitetônicas do local.

Baixando o aplicativo, o visitante tem, então, como fazer um passeio por todas as instalações do MMM abertas ao público, tendo como localizar salas e atrações específicas. O trabalho oferece um mapa 3D com a representação dos três andares do prédio. Assim, a pessoa que nunca esteve no museu consegue “andar” por ele e entrar em contato com toda a museografia e espaços físicos do edifício. E caso esteja visitando o local, o aplicativo facilita a consulta de informações sobre o acervo.

Um dos principais destaques do Media Guide MMM são seus recursos de realidade aumentada disparados por meio de imagens especiais espalhadas pelo museu, ferramenta que permite ao visitante entender um pouco mais sobre a arquitetura e a restauração do edifício. No interior do museu estão espalhados alguns totens com determinadas imagens. Quando a câmera do dispositivo móvel (tablet ou smartphone) é direcionada à figura estampada no totem, ela é substituída por outra tridimensional.

O acervo do MMM foi separado em diferentes categorias, com descrição das obras por meio de textos, imagens e vídeos, além de um glossário com temas específicos de arte e geociências. De acordo com Ivan Lobato, o projeto foi desenvolvido por uma equipe multidisciplinar, composta por programadores, modeladores 3D, artistas, designers, historiadores e educadores.

FONTE: EM.com.br

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

MUSEU INIMÁ DE PAULA SEGUIRÁ EM PRÉDIO NA RUA DA BAHIA POR PELO MENOS MAIS 20 ANOS



 Fonte: google


Fonte: google

A exposição das mais de 100 obras do mestre mineiro das cores Inimá de Paula continuará ocupando o museu que tem o nome do artista localizado na Rua da Bahia, no Centro de Belo Horizonte, por pelo menos mais 20 anos. Na noite desta quarta-feira, o governador Antonio Anastasia vai assinar o termo de permissão de uso do espaço junto com a secretária de Cultura, Eliane Parreiras, e pelo presidente da Fundação Inimá de Paula, Paulo Lasmar. 

O espaço Inimá de Paula, no salão central, abriga uma exposição permanente de mais de 100 obras do mestre mineiro das cores, uma remontagem de seu ateliê e uma apresentação dramática de seus autorretratos. A galeria virtual mostra todas as 1.860 obras catalogadas ao longo de 10 anos, onde o visitante opera de forma simples e moderna o sistema que traz uma experiência visual inédita. Além de expor obras de artistas consagrados, o Museu oferece oportunidade para os jovens talentos exibirem seus trabalhos em um espaço de primeira grandeza.

No local ainda tem um teatro-cinema com 140 lugares, um cybercafé e uma programação especial, voltada para a arte e educação, atendendo escolas, que encontram ferramentas audiovisuais interativas. “Além de ser um tributo à memória e à obra de um grande mineiro, o Museu Inimá de Paula tem um importante papel na difusão da cultura de Minas Gerais. A instituição guarda o acervo do grande artista nascido no Vale do Rio Doce e abriga eventos que tornam mais vivo o centro da capital mineira”, afirma Anastasia.

No prédio, construído em 1932, já funcionaram o Clube Belo Horizonte e o Cine Guarani. O imóvel pertence ao Estado de Minas Gerais e foi cedido, em 2006, em regime de comodato, à Fundação Inimá de Paula para abrigar o acervo de obras do artista, além de mostras esporádicas. O museu foi inaugurado em abril de 2008. Com a renovação da cessão do imóvel, a Fundação continua responsável pela manutenção e conservação do prédio e por desenvolver atividades de interesse público, sem fins lucrativos.

Entre as regras estabelecidas, está a de submeter qualquer obra de recuperação, restauração e adaptação do imóvel à aprovação do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG) e do Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte (CDPCM/BH).

Click aqui para acessar o site do museu.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Incêndio de grandes proporções no Memorial da América Latina






Quinze viaturas dos bombeiros combatem as chamas
(Foto: Ana Cláudia Barros/R7).










Um incêndio de grandes proporções atinge o auditório Simon Bolívar do Memorial da América Latina, espaço cultural público situado na Barra Funda, na zona oeste de São Paulo, na tarde desta sexta-feira (29). Segundo informações do Corpo de Bombeiros, uma vítima foi socorrida.
27 carros e caminhões dos Bombeiros estão no local e um helicóptero está ajudando a combater as chamas. Uma quantidade grande de fumaça está saindo de dentro do auditório.
Segundo a assessoria de imprensa do memorial, não havia funcionários no espaço no momento do incêndio. A assessoria informou que um curto-circuito atingiu a rede elétrica do auditório, que é o principal do memorial e tem 1.600 lugares. O fogo atingiu a platéia B do auditório.
A assessoria de imprensa, que fica em um prédio ao lado do auditório, afirma que a parte administrativa do memorial está sem energia elétrica desde a manhã de hoje, assim como outros estabelecimentos da região. A assessoria não soube informar se não havia energia elétrica no auditório.

O Memorial da América Latina foi inaugurado em 18 de março de 1989 na cidade de São Paulo, Brasil. É um centro cultural, político, e de lazer.  O conjunto arquitetônico, projetado por Oscar Niemeyer. O projeto cultural foi desenvolvido pelo antropólogo Darcy Ribeiro, com autonomia financeira e administrativa, vinculada à Secretaria de Estado da Cultura.
O memorial é composto por vários edifícios dispostos ao longo de duas áreas unidas por uma passarela, que somam ao todo 25.210 metros quadrados de área construída: o Salão de Atos, a Biblioteca Latino-Americana, o Centro de Estudos, a Galeria Marta Traba, o Pavilhão da Criatividade, o Auditório Simón Bolívar que pegou fogo na tarde de 29 de novembro de 2013. Na Praça Cívica, encontra-se a escultura em concreto, também de Niemeyer, representando uma mão aberta, em posição vertical, com o mapa da América Latina pintado em vermelho na palma.
O memorial possui um acervo permanente de obras de arte , exibidas ao longo da esplanada e nos espaços internos, e conta com um centro de documentação de arte popular latino-americana. A bibliotecas possui cerca de 30 mil volumes, além de seção de música e imagens. O complexo promove exposições, palestras, debates, sessões de vídeo, espetáculos de teatro, música e dança. Mantém o Centro Brasileiro de Estudos da América Latina, organização de fomento a pesquisas acadêmica sobre assuntos latino-americanos. Publica regularmente a revista Nossa América e livros variados. Serviu de sede ao Parlamento Latino-Americano entre 1989 e 2007 (atualmente localizado na cidade do Paraná).


"Poucos temas me deram tanta alegria ao projetá-los como o Memorial da América Latina. Primeiro pelo sentido político que representava. Reunir os povos deste continente para juntos discutirem seus problemas, trocando experiências, lutando pelos direitos desta América Latina tão explorada e ofendida. Depois, porque se tratava de um conjunto de prédios que, bem projetados, poderiam criar o que em arquitetura chamamos de espetáculo arquitetural." (Oscar Niemeyer).

sábado, 23 de novembro de 2013

Movimento cultural critica projeto que transfere Museu da República do GDF para União




 Museu da República do GDF
Fonte: google



Artistas, produtores e militantes culturais do Distrito Federal se manifestaram contra a transferência da gestão do Museu Nacional da República Honestino Guimarães do GDF para a União. O grupo se reuniu em comissão geral na Câmara Legislativa nesta quinta-feira (21) para debater o tema. A autorização da cessão está prevista no projeto de lei nº 1.693/2013, enviado pelo Executivo à Câmara. Os participantes também reivindicaram a criação de novos complexos culturais em outras cidades do DF.  
A realização do debate foi sugerida pelos deputados Celina Leão (PDT), Liliane Roriz (PRTB) e Olair Francisco (PTdoB) e contou com a participação de representantes de diversos colegiados culturais, do GDF e do governo federal.  
Os três deputados se posicionaram contra a proposta do Executivo. Segundo Celina, se o argumento para a transferência é o fato de espaço se chamar Museu Nacional, seria necessário a transferência para o governo federal o Estádio Nacional Mané Garrincha.    
O produtor cultural Luciano Lima condenou o argumento de falta de dinheiro, segundo ele, utilizado pelo GDF para justificar a transferência da gestão.   
— Como é que falta dinheiro se acabamos de construir um estádio de quase R$ 2 bilhões que vai se tornar um elefante branco?  

Um manifesto do movimento cultural foi lido e distribuído durante o evento, pedindo a rejeição do projeto de lei. "Reiteramos o valor e a importância do Museu da República e de seu rico acervo de arte contemporânea, como patrimônio cultural do Distrito Federal, por sua concepção, pelo conceito da atual administração, com uma política de formação e exposição de acervo em movimento, por ser um dos raros espaços sob a gestão do DF com programação constante e diversa, por sua abertura a todo tipo de público, moradores de qualquer parte do DF, do Entorno, do Brasil e do mundo", diz um trecho do documento.  
Não faltaram críticas ao projeto durante o debate. O prefeito de Água Fria, o ex-deputado distrital João de Deus, classificou o projeto como uma "excrescência" contra a cultura do DF. Já o artista plástico Henrique Gougon elogiou o trabalho desenvolvido atualmente no Museu e afirmou que a cidade não merece perder o espaço. E o maestro Rênio Quintas criticou a falta de diálogo do GDF com a classe cultural sobre a proposta, principalmente diante da falta de espaços no DF.  
O deputado Agaciel Maia (PTC) participou do debate e ressaltou a importância da discussão da proposta com a sociedade, "para aperfeiçoar o processo legislativo". Em sua opinião, mais importante do que quem fará a gestão é a preservação e a valorização do espaço cultural.  
Na mesma linha, o deputado Wasny de Roure (PT) defendeu o aprimoramento do projeto a partir de discussões com a população e do "bom senso". O parlamentar se manifestou, contudo, a favor da proposta. Para ele, a obra pertence ao povo brasileiro e é necessária para democratizar os acervos dos órgãos federais e permitir que a população tenha acesso.  
O secretário de Cultura, Hamilton Pereira, considerou a discussão "proveitosa" e destacou vários aspectos do Museu, lamentando a descontinuidade dos projetos culturais no DF ao longo dos últimos governos. Para ele, é importante construir um modelo de gestão duradouro e capaz de continuar oferecendo um serviço de qualidade. Pereira afirmou acreditar na construção de uma proposta convergente e democrática.   
— O Museu não tem dono. O Museu é da população, de Brasília, do Brasil e de todos que o visitam. O mais importante é olharmos para como vamos oferecer um serviço de qualidade à população.  
O presidente do Conselho de Cultura do DF, Romário Schetino, explicou que a questão ainda não foi esgotada pelo colegiado e defendeu a discussão de uma proposta de gestão compartilhada do Museu.  
Na opinião do presidente do Ibram (Instituto Brasileiro de Administração de Museus), Angelo Santos, o debate está sendo travado com base em informações equivocadas sobre a proposta. Segundo ele, a intenção, a partir de conversas entre a presidenta Dilma Rousseff, o governador Agnelo Queiroz e a ministra da Cultura, Marta Suplicy, sempre foi valorizar o Museu Nacional e transformá-lo numa referência no País, em parceria com o GDF. O presidente negou a possibilidade de implantar uma exposição permanente no local. 

Fonte:R7

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Ciência, Arte e Afeto: amostras do Museu De Arqueologia de Xingó acontece de 4 a 8



O Museu De Arqueologia de Xingó (Max) da Universidade Federal de Sergipe, desde sua criação em 2000, desenvolve atividades pedagógicas no âmbito de escolas públicas e particulares de nosso estado, através do projeto "Ação Educativa".
A Ação Educativa/MAX apresentará à sociedade sergipana a exposição "Ciência, Arte e Afeto: Amostras do MAX" durante a I Semana Acadêmica Cultural da UFS no período de 04 à 08 de novembro próximo. A exposição está composta de três amostras:
MAX Itinerante "9000 anos de ocupação humana" – Réplicas de material arqueológico de Xingó resultantes do salvamento no baixo São Francisco. A exposição se configura num trabalho pedagógico e científico de relevância patrimonial para toda a sociedade, por abordar a questão do tempo da ocupação humana em Sergipe.
Mestre Tonho "Da Dor à Arte"- Antonio Francisco da Silva, conhecido por mestre Tonho é artesão natural de Poço Redondo. Sua técnica utiliza a emburana, madeira nativa da região para esculpir peças conhecidas no cenário nacional. Atualmente suas peças estão em exposição no MAX, no município de Canindé de São Francisco.
Programa "Relíquia de Família" faz parte do elenco de atividades da Ação Educativa-MAX/UFS. Este programa está em desenvolvimento em duas escolas sergipanas e pelos alunos do Núcleo de Pesquisa e Ações da Terceira Idade NUPATI/UFS. Seu objetivo é refletir sobre as noções de patrimônio cultural, buscando promover atitudes de afeto, identidade e reconhecimento pelos bens culturais.

Programação
A exposição Ciência, Arte e Afeto: Amostras do MAX acontecerá no período de 04 a 08 de novembro, manhã e tarde, no hall da reitoria do campus de São Cristóvão sob a responsabilidade de Geovania Carvalho - Coordenadora da Ação Educativa e Railda Nascimento - Coordenadora de Exposição e alunos monitores dos cursos de Arqueologia e Museologia do CAMPUSLAR/UFS. Na terça-feira,5, terá a presença do Mestre Tonho esculpindo.

Fonte: NPGED/UFS

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Estudantes de Museologia da UNB abrem em novembro a mostra 'E NÃO FORAM FELIZES PARA SEMPRE'. Tem até cueca usada para contar fim de relacionamentos.


As estudantes Kátia Fonseca (esquerda) e Andressa Araújo,
que organizam a mostra na UnB (Foto: Paulo Pimenta)


Estudantes do curso de museologia da Universidade de Brasília (UnB) lançam em novembro uma exposição que aborda o fim dos relacionamentos amorosos. O projeto, batizado de “E não foram felizes para sempre”, reúne cartas de amor, ingressos de shows, ursos de pelúcia e até roupas íntimas, que foram doadas para o acervo.
Em menos de duas semanas, cerca de 200 objetos foram deixados no local. “A gente não imaginou que fosse chegar a essa dimensão”, disse uma das organizadoras do projeto, a estudante Kátia Fonseca, de 21 anos.
O grupo se espelhou no Museum of Broken Relationships, da Croácia, para lançar o projeto na UnB. Idealizado por um casal de ex-namorados, o museu croata coleciona histórias de finais felizes ou nem tanto – a depender do ponto de vista.
No acervo em Brasília, todos os objetos simbolizam o término de um relacionamento. Entre os itens mais entregues estão cartas trocadas entre casais. Alianças, ursinhos, fotografias e desenhos reforçam o grupo de “peças-clichês” dos relacionamentos amorosos.
Nunca fomos perfeitos. O amor se encontrou nos nossos erros e acertos. Sempre haverá a primeira de muitas memórias e experiências"
Trecho de carta que integra acervo de mostra sobre fim de relacionamentos que será aberta em novembro, na UnB
Peças “exóticas” também revelam histórias divertidas, como a de uma cueca que um rapaz usava no dia em que teve a primeira relação sexual com a namorada. Desde que a menina ganhou o presente, a roupa íntima não foi lavada. A peça foi doada ao museu pela garota.
O acervo ainda conta com óculos 3D furtados de um cinema no primeiro encontro de um casal, uma corda com um nó de escoteiro, significando fidelidade, um origami completo – presente dado pela namorada – e um pela metade, que o namorado não conseguiu terminar antes do fim do relacionamento. “O objeto pela metade concretiza nossa idéia de que não foram felizes para sempre”, disse Kátia.
Anexado a uma das fotografias emprestadas ao museu estava um bilhete que dizia: “Nunca fomos perfeitos. O amor se encontrou nos nossos erros e acertos. Sempre haverá a primeira de muitas memórias e experiências.” O recado continuava com o “Soneto da Fidelidade”, de Vinicius de Moraes.

Origami concluído (esquerda) e outro que não foi acabado devido ao fim do relacionamento do casal de namorados (Foto: Paulo Pimenta)

Palestras
Além do que será exposto, os alunos pretendem criar um ciclo de palestras com psicólogos, filósofos e escritores que trabalhem com a temática. Eles ainda querem expandir o acervo para objetos mais exóticos e eróticos.
saiba mais
 “Muita gente passa no estande e acha só é para doar cartas, ursinhos, e coisas esteticamente bonitas. Mas não, nós queremos objetos que tenham histórias. Além do acervo ser fruto dos sentimentos das pessoas, a gente quer provocar sentimentos e reações emocionais nas pessoas também”, declarou Kátia.

“Museu não precisa ser aquela coisa chata, pode ser algo divertido também. Eu reparei que no Brasil a gente ainda está construindo a forma tradicional de museus enquanto fora do Brasil, como eles já têm concretizado esses modelos, eles estão buscando novas formas”, afirmou Andressa Araújo, de 21 anos, que também trabalha na organização da mostra.
Não era lixo
A estudante Stela de Lemos, de 21 anos, foi a primeira pessoa a entregar objetos para a exposição. Ela, que doou três alianças, três folhas de caderno e três desenhos, dois cartões e uma conversa de bate-papo na internet, afirma que “queria dar um fim mais digno que o lixo a coisas que representaram sentimentos tão bonitos.”

Peças doadas por casais que terminaram relacionamentos
e que serão expostas na UnB (Foto: Paulo Pimenta)


O ex-namorado foi avisado por ela de que um desenho feito por ele seria doado. A estudante conta que ele não viu problemas em relação a isso. No meio das coisas guardadas Stela achou uma declaração de amor que recebeu de um menino aos 10 anos de idade. Ela também foi doada para a exposição.

“Até pensei em avisar o menino da declaração de amor que iria cedê-la para a mostra, mas entrei no Facebook dele e vi que ele tava namorando. Acho que não pegaria bem”, afirmou.
Mas disponibilizar as peças para o acervo nem sempre é fácil. Andressa conta que há casais que doam os itens juntos, mas também existem pessoas que vão ao estande ainda com muitas mágoas e rancor.

“A gente serve como psicólogo. Tem gente que conta toda a história, conta que está sofrendo, o que está sentindo. Gente que chora ou então faz a gente chorar.”

terça-feira, 1 de outubro de 2013

MUSEU JÚLIO DE CASTILHOS, EM PORTO ALEGRE, FOI DEPREDADO NESSA QUINTA DURANTE O LANÇAMENTO DE UM LIVRO



Manifestantes roubam bandeiras no Museu Júlio de Castilhos
(Foto: Daniel Bitencourt).

Depredado durante o protesto na noite de quinta-feira dia 26 no Centro de Porto Alegre, o Museu Júlio de Castilhos voltou a funcionar normalmente na tarde de sexta (247), após a recolocação dos vidros quebrados por pedradas. O diretor do museu, Roberto Schmitt-Prym, contou ao G1 que no momento do ataque recebia convidados no local para um evento, e todos tiveram de fugir para não serem atingidos.
"A sala estava cheia de gente quando arremessaram as pedras", disse Schmitt-Prym, lembrando que a movimentação foi "muito rápida, mas muito intensa". "Eram muitas pedras", lembra.
Durante o ato, manifestantes escalaram a fachada do casarão do Museu Júlio de Castilhos, construído em 1887, e roubaram as bandeiras do Rio Grande do Sul e do Brasil hasteadas no local. Além disso, arremessaram pedras e picharam a fachada. Cinco pessoas foram presas e dois menores, aprendidos por vandalismo, informou a Brigada Militar no fim da noite. Não há registro de feridos.
O ataque ao museu ocorreu no momento em que era lançada a obra Teu Amigo Certo, uma correspondência inédita de Júlio de Castilhos transcrita e organizada por Keter Velho. Segundo Schmitt-Prym, as pedradas causaram medo nos convidados.
Vidros de agências bancárias também foram depredados.
(Foto: Daniel Bitencourt).

"Os vidros quebrando fazia um barulho muito grande, e depois as pedras batiam contra a parede e o chão. O barulho é razoavelmente grande. As pessoas tiveram de sair da sala rapidamente", contou.
O trabalho de recuperação teve início na manhã desta quinta, quando os vidros quebrados foram recuperados. Ao longo do dia, a porta de entrada foi consertada e novas bandeiras colocadas. O gasto, segundo Schmitt-Prym, foi de cerca de R$ 600. "Só falta remover as pichações da fachada, mas isto é um trabalho mais especializado, pois são perdas, arenitos", disse o diretor.

Sobre o Protesto
Desde o final da tarde, pouco mais de 100 pessoas se concentraram em frente à prefeitura, no centro da cidade. Por volta das 19h, os manifestantes saíram em marcha até o Palácio Piratini, a sede do governo estadual, passando pelo edifício onde mora o prefeito José Fortunati. No caminho, outra centena de manifestantes se juntou ao protesto, segundo a Brigada Militar.
Atos de vandalismo foram registrados durante a noite. Pelo menos duas agências bancárias e um casarão histórico onde funciona o Museu Júlio de Castilhos foram alvos de depredação por pessoas com os rostos coberto e vestidas de preto. Portas de vidro de um prédio da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) também foram quebradas. Pedras também foram atiradas contra a Catedral Metropolitana, que teve vidros quebrados. Um policial militar levou uma pedrada no rosto, mas passa bem.




Brigada Militar atira granadas de gás lacrimogêneo
(Foto: Daniel Bitencourt).

Pouco depois dos registros de vandalismo a Brigada Militar decidiu intervir. A Tropa de Choque avançou sobre os manifestantes, que recuaram. Três bombas de gás lacrimogêneo foram atiradas contra o grupo, mas não houve conflito. Pouco antes das 21h, os manifestantes começaram a se dispersar.




domingo, 29 de setembro de 2013

Museu Comunitário é inaugurado no interior do Ceará reúne achados arqueológicos

Moradores da comunidade Quilombola do Evaristo auxiliando nas escavações e construção do Museu Comunitário.


Dia de festa na comunidade Quilombola do Evaristo, em Baturité, a 90 km de Fortaleza, no Ceará. A presidenta do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), Jurema Machado, inaugurou  no dia 25 de setembro, o Museu Comunitário da Serra do Evaristo, que recebeu o acervo arqueológico resgatado da escavação ali realizada pelo IPHAN-CE. Os trabalhos tiveram início em março de 2012, em um sítio funerário, de onde foram coletados inúmeros vestígios materiais pré-históricos.
A cerimônia de inauguração, teve início às 13h30, e contou com o Seminário Multidimensão do Museu, onde foi relatado todo processo que culminou no salvamento do sítio arqueológico e na construção do museu. O Seminário, organizado pela própria comunidade, também ressaltou a sua participação e envolvimento direto nas escavações e na construção do Museu. A festa teve ainda apresentações artísticas de moradores e do cantor Zé Vicente, além de representantes de etnias indígenas e comunidades quilombolas do estado do Ceará.
Os visitantes do Museu Comunitário da Serra do Evaristo poderão conhecer urnas funerárias, machadinhos polidos, fusos, entre outros inúmeros vestígios arqueológicos com mais de 700 anos que compõem o acervo. O maior diferencial do museu é a preservação do acervo arqueológico in loco, diferente do que ocorre com inúmeros vestígios funerários expostos e depositados em museus do Ceará, sem qualquer informação sobre suas procedências.

As escavações na Serra do Evaristo

As ações realizadas na área pelo IPHAN atendem às reivindicações da Comunidade Quilombola da Serra do Evaristo, certificada pela Fundação Palmares. Um dos grandes destaques do trabalho da equipe, coordenada pelos arqueólogos Igor Pedroza e Cláudia Oliveira, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), foi o achado de um esqueleto humano que, de acordo com as observações iniciais do professor Sergio Monteiro, consultor em arqueologia funerária, aponta para um “indivíduo adulto, com mais de 50 anos de idade, de constituição física relativamente robusta, depositado no interior de uma urna funerária em posição sentada e pernas flexionadas”. Com as descobertas arqueológicas está sendo possível estudar os modos de vida das populações que habitaram a área, especialmente aqueles relacionados às práticas funerárias.
Entre os materiais resgatados na Serra do Evaristo estão fragmentos de recipientes cerâmicos, ossos de animais como tatus, lagartos, peixes, pequenos carnívoros e aves. Cinzas e carvões, associados a estes animais nos primeiros sedimentos presentes em uma das urnas, parecem indicar uma deposição intencional dos remanescentes de um ritual, possivelmente um banquete funerário. Pequenas panelas, circunscritas a um sepultamento são também indicativos da realização de rituais.
Além dos arqueólogos e técnicos, as escavações no Sítio Funerário Evaristo contaram com o trabalho dedicado de sete estudantes dos ensinos fundamental e médio, moradores da comunidade Quilombola do Evaristo que atuaram nas atividades de pesquisa e socialização dos resultados. A participação dos alunos foi também motivada pela população local.

Fonte: diariodonordeste

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Caminhão Museu Sentimentos da Terra chega ao Festival de História

 Fonte: Google

  Fonte: Google

                                                                 Fonte: Google

O Caminhão Museu Sentimentos da Terra chega à Diamantina como parte da programação do 2° Festival de História (FHIST). As atividades do Caminhão Museu Sentimentos da Terra, que conta a história dos movimentos de luta pela terra no Brasil, serão abertas na quinta-feira, dia 19 de setembro, às 8h, no Largo Dom João, ao lado da Rodoviária.
No Museu, que tem o designer Gringo Cardia como curador, são apresentados 11 videodocumentários realizados por Gringo Cardia, a partir do conteúdo histórico pesquisado pelo Projeto República. Os vídeos são narrados por importantes nomes da cultura brasileira: Caio Blat, Chico Buarque, Dira Paes, Gilberto Gil, José Wilker, Letícia Sabatella, Marcos Palmeira, Maria Bethânia, Regina Casé, Vera Holtz e Wagner Moura.
Além de salas para exibição dos vídeos, o caminhão tem outras atrações. No Espaço da Imaginação, que é equipado com computadores, acesso à internet, monitor com tela interativa e uma biblioteca especializada, com livros de arte, fotografia, geografia, história, costumes e tradições, além de jornais e revistas. Já a Exposição Vira-Vira retoma o percurso histórico de oito personagens exemplares dos conflitos no Brasil rural: Visconde do Uruguai, Antônio Silvino, Elizabeth Teixeira, Dom Pedro Casaldáliga, Chico Mendes, Sepé Tiaraju, Leonel Brizola e Euclides da Cunha. Haverá, ainda, maquetes para contadores de histórias narrarem os movimentos e episódios ligados à luta pela terra. Na Tenda para Caracterização, por sua vez, os visitantes poderão ser fotografados em cenários elaborados a partir do universo rural, com figurinos próprios aos personagens ligados à questão da terra. Outra atração é o karaoquê, formado por seleção de canções sobre a temática.
Os interessados em participar devem se inscrever pelo site www.festivaldehistoria.com.br.



Veja alguns vídeos do projeto abaixo:







Os interessados em participar devem se inscrever pelo sitewww.festivaldehistoria.com.br.

Serviço:

Caminhão Museu Sentimentos da Terra
Local: Largo Dom João
Data: 19 à 22 de setembro
Hora: 19/09 e 20/09 (quinta e sexta-feira) das 8h às 17h – horário especial para agendamento escolar
21/09 (sábado) das 11h às 19h e 22/09 (domingo) das 10h às 17h
Entrada: Gratuita (visitas de grupos escolas devem ser agendadas pelo email sentimentosdaterra@gmail.com)

Fonte: O tempo Magazine

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

GUIA DE PROGRAMAÇÃO DA PRIMAVERA DOS MUSEUS 2013 JÁ PODE SER CONSULTADO




De 23 a 29 de setembro, o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram/MinC) promove a 7ª Primavera dos Museus, iniciativa que busca mobilizar os museus a desenvolverem programações especiais a respeito de temas específicos para intensificar suas relações com a sociedade.
Com o tema Museus, Memória e Cultura Afro-brasileira, esta sétima edição do evento contará com mais de 2,6 mil atividades programadas em municípios de todos os estados do país.
São 884 instituições que realizarão ações educativas, oficinas, exposições e visitas guiadas, entre outras atividades. O Guia de Programação nacional está disponível para consulta ou download.
Para garantir o sucesso da 7ª Primavera dos Museus, o Ibram conta com a participação de profissionais e instituições ligadas ao setor museal, além do apoio das secretarias estaduais de Cultura e de Educação para incentivar alunos e a sociedade local a participarem dos eventos da programação.
Em caso de dúvidas ou outras questões relativas à temporada nacional de eventos, os interessados podem enviar e-mail para cpgii@museus.gov.br ou fazer contato pelo telefone (61) 3521.4122.
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quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Museu de Dupuytren em Paris guarda bichos bizarros para estudos de anatomia

Museu Dupuytren é um dos primeiros museus de patologia e anatomia da França. Ele está localizado na 15º, Rue de l'École de Médecine, Les Cordeliers, Paris, França, e aberta nos dias úteis, exceto feriados e férias universitárias. O museu foi fundado em 1835 por Mathieu Orfila como o Museu de Anatomia Patológica da Faculdade de Medicina da Universidade de Paris, com o legado do Barão Guillaume de Dupuytren, (1777-1835), que era um professor de medicina na faculdade de Paris. O museu foi instalado pela primeira vez no refeitório de um convento chamado Cordeliers e lá permaneceu por um século.
Seu primeiro catálogo foi elaborado entre 1836 e 1842, e listava cerca de mil espécimes. O museu começou um declínio lento, porém, mais tarde, a partir de 1800 apesar da aquisição contínua de novas coleções, e sua manutenção se tornou problemático. Em 1937, Gustave Roussy ordenou que o museu fechasse, com muitos itens posteriormente perdidas ou destruídas. No entanto, em 1967, Jacques Delarue (1901-1971) trouxe o museu de volta à vida com uma renovação geral. Hoje ainda mantém uma coleção de aproximadamente 6000 itens, entre eles: objetos anatômicos de cera, pedaços de ossos, partes de corpos humanos e animais conservados em frascos, fotografias, pinturas, livros, gravuras, desenhos, e algumas ferramentas para a prática da patologia, onde é possível encontrar também exemplares que datam do século XVII.
O museu contém cérebros de pacientes afásicos (doença que prejudica a linguagem falada e escrita), conservadas em álcool pelo célebre anatomista Paul Pierre Broca, e utilizado em suas pesquisas na localização das funções cerebrais.

Deixo um vídeo e também umas imagens do Museu



E para quem gostou da música do vídeo é só fazer o download aqui.



 Cabras deformadas estão abrigadas (Foto: Martin Bureau/AFP)



 Porco é armazenado em frasco (Foto: Martin Bureau/AFP)