quinta-feira, 10 de julho de 2014

BRAÇO DO ROBÔ ESCREVERÁ A TORÁ NO MUSEU JUDEU DE BERLIM


Foto: Markus Schreiber / AP

A máquina robotizada começou nesta quinta-feira a escrever o texto sagrado da Torá no Museu Judeu de Berlim, assumindo assim o tradicional trabalho que escrivãos realizam durante séculos.
Fantasiado com tinta e pluma, o braço do robô escreverá a velocidade humana dez horas por dia e reproduzirá "à perfeição" o estilo original dos copistas, segundo declarou durante sua apresentação Cilly Kugelmann, diretora do museu da capital alemã.
O robô faz parte da exposição "Die Erschaffung der Welt" ("A criação do mundo"), que o Museu Judeu acolhe estas semanas e que mostra a maior coleção privada de manuscritos judaicos do mundo.
A tecnicidade de seu trabalho mecânico - "não precisa comer, beber, nem ir ao banheiro", brincou Kugelmann -, permitirá além disso ao robô terminar de escrever os 304.805 caracteres da Torá "em apenas três meses", frente aos nove que um copista especialista necessitaria.
Segundo explicou à Efe Jan Zappe, um dos criadores desta instalação artística, é também fácil de manter, pois a tinta é abastecida uma vez por semana e o rolo de pergaminho - para esta Torá são necessários 80 metros -, será bastante até o final da mostra.
O rabino Reuven Jaacobov, que mostra ao público da exposição como se escreve a Torá ao estilo tradicional, afirmou em declarações à Efe que se trata de um trabalho "muito lindo", pois servirá para divulgar esta tarefa milenar.
Não é a primeira incumbência deste robô, que foi apresentado pela primera vez em 2007 em Karsruhe e que, após passar pela Cartuja de Sevilha em 2008, concluiu em 2012 a árdua tarefa de transcrever a Bíblia com uma caneta.

Sob a supervisão da equipe técnica e artística formada por Matthias Gommel, Martina Haitz e Jan Zappe, o robô instalado então na frente da catedral de Tréveris, investiu nove meses em reproduzir em papel ao redor de cinco milhões de letras e sinais em mais de 2.000 páginas.

Fonte: Terra

terça-feira, 8 de julho de 2014

MUSEU DE ARTE DO RECIFE OFERECE OFICINAS DE AQUARELA NAS FÉRIAS


Dan Cabral ministra duas oficinas para jovens no Mamam, no Centro.
Turmas têm vagas para 10 alunos; aulas custam R$ 70.


 (Foto:/Divulgação)

Estão abertas as inscrições para duas oficinas de aquarela do artista Dan Cabral, que serão realizadas no Museu de Arte Moderna Aloízio Magalhães (Mamam), área central do Recife. São duas oficinas – uma de experimentação com aquarela e outra de aulas práticas de aquarela, com as ruas da cidade servindo de inspiração para os desenhos, pelo Centro do Recife. Cada uma terá duas turmas de dez alunos, no máximo. As inscrições custam R$ 70 e são feitas pelos telefones (81) 3355.6870 ou (81) 8811.4472.
A oficina de experimentação com aquarela é destinada a quem nunca teve contato com a técnica e ajuda os alunos a se familiarizarem os pincéis e a tinta. As aulas acontecem nesta terça (8) e quarta (9), das 14h às 17h. A segunda turma será no sábado (12), das 10h às 13h, e das 14h às 17h. A idade mínima é de 12 anos.
Para participar da oficina de Prática pelo Centro do Recife, que é uma continuidade da turma de experimentação, é necessário ter um contato mínimo com a aquarela. Para a primeira turma, as aulas serão realizadas nos dias 22 e 24 de julho, das 14h às 17h; a segunda turma tem aula no dia 26 de julho, das 10h às 13h e das 14h às 17h. A idade mínima é de 16 anos. A proposta da oficina de prática pelo Centro do Recife é sair pelas principais ruas do entorno do Mamam, levando a aquarela para colocar em prática o que foi aprendido dentro do ateliê num primeiro momento. Os participantes devem passear em locais como a Rua da Aurora, Praça da Independência e Marco Zero para ter inspiração para os desenhos.

Oficinas de aquarela com artista Dan Cabral 
(Foto: Jucélio Matos/Divulgação)

Para participar é preciso que o aluno leve um estojo de tintas aquarela com 12 cores, um pincel tamanho médio redondo e um bloco de papel para aquarela com 12 folhas. O restante do material estará disponível para o grupo no Mamam. Cada oficina tem duração de seis horas e objetiva tanto introduzir quem é iniciante, quanto dar espaço para o diálogo criativo entre a aquarela e a cidade.
Dan Cabral é formado em Relações Internacionais e trabalha com arte desde 2012. Ele costuma fazer interações entre aquarela, nanquim e desenho, além de tinta acrílica, mural, intervenções e fotografia.
Serviço
Oficinas de Aquarela com Dan Cabral
Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (Rua da Aurora, 265 - Boa Vista)
R$ 70
Experimentação com Aquarela
A partir dos 12 anos
Turma 1: terça (8) e quarta (10), das 14h às 17h
Turma 2: sábado (12), das 10h às 13h e  das 14h às 17h
Aquarela na Cidade - Oficina de Prática pelo Centro do Recife
A partir dos 16 anos
Turma 1: 22 e 24 de julho, das 14h às 17h

Turma 2:  26 de julho, das 10h às 13h e das 14h às 17h


Fonte: G1 Pernambuco.

quinta-feira, 3 de julho de 2014

CADERNOS DE NORMAS DE INVENTÁRIOS PARA DOWNLOAD.



SAUDAÇÕES MUSEOLÓGICAS!




Já está disponível para download os volumes dos Cadernos de Normas de Inventários. Esses cadernos são frutos do trabalho do Instituto Português de Museus em parceria com outros vários parceiros.
De um modo geral são temas abordados por vários autores que estudaram as maneiras de se fazer um inventário, apoiando-se no trabalho de investigação e diálogo entre profissionais da área. 

Click aqui e faça o download.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

DOWNLOAD DE ARTIGOS, LIVROS E OUTROS ARQUIVOS EM PDF!

Saudações museológicas!
Sabendo das dificuldades de nós museólogos e outros profissionais de encontrar textos sobre o “mundo dos museus”, tentarei reunir tudo que for possível como artigos, livros e textos em um único lugar, aqui, no Acontece Nos Museus. E todo esse conteúdo estará em formato PDF.
Lembro que todos os arquivos disponibilizados aqui foram extraídos da própria internet.
 O primeiro poste será os dois primeiros volumes do Museologia Roteiros práticos:



Plano Diretor / Stuart Davies; tradução de Maria Luiza e Pacheco Fernandes. – São Paulo: Editora da Universidade de SãoPaulo; Fundação Vitae, 2001. – (Série Museologia, 1).



INTRODUÇÂO: Esta publicação foi originalmente editada pela Museums & Galleries Commission (MGC), um órgão britânico criado em 1931. A MGC presta consultoria especializada ao governo e aos museus da Grã-Bretanha, com o objetivo de promover o aprimoramento das instituições museológicas e a preservação do patrimônio cultural. Com essa finalidade, a MGC desenvolve processos de discussão visando ao estabelecimento de parâmetros relativos à conservação e preservação dos acervos, às pesquisas e aos programas para visitantes; estimula e ajuda os museus a adotar esses parâmetros, assegurando verbas para esses fins e concedendo fundos para o aperfeiçoamento das suas atividades.
Plano Diretor integra uma série de publicações denominada Guidelines for a Good Pratice (Diretrizes para uma Boa Prática), destinada a orientar administradores e profissionais de museus que desejam implantar e desenvolver, em suas instituições, serviços de alta qualidade. Todos os números foram produzidos com a assessoria de especialistas com grande experiência na área museal.


Planejamento de Exposições / Museums and Galleries Commission; tradução de Maria Luiza Pacheco Fernandes. – São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo; Vitae, 2001. – (Série Museologia, 2).


A tradução para o português e a veiculação do texto Planejamento de Exposições se insere no do programa de apoio aos museus que a Vitae vem desenvolvendo. Preenche uma das lacunas existentes na área da bibliografia especializada e estimula os museus a desenvolverem, com suas equipes, este tipo de trabalho interdisciplinar, independentemente do seu porte e/ou do tamanho de sua equipe. O texto original foi produzido pela Musems & Galleries Commission, um organismo britânico criado em 1931 para prestar consultoria especializada, objetivando o aprimoramento das equipes dos museus.
O texto chama a atenção para a importância da área de exposição afirmando “para a maior parte dos visitantes as exposições são o museu. Elas fornecem o ponto principal de contato com as coleções do museu e as informações a elas associadas, oferecendo ao mesmo tempo diversão e esclarecimento”.



ps: toda semana um arquivo novo.


Por: Marcelo Ferreira

segunda-feira, 2 de junho de 2014

A UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE AVALIA A POSSIBILIDADE DE FECHAMENTO DO CAMPUS LARANJEIRAS POR FALTA DE SEGURANÇA


CRÔNICA DE UMA DITADURA DEMOCRÁTICA: UFS, LARANJEIRAS SERGIPE E A VIOLÊNCIA DOS SENTIDOS.

Por Janaina Mello (Profa. da UFS CampsLar)

Há cinco anos e dois meses aportei na cidade de Laranjeiras-SE, vinda de Alagoas, onde passara outros cinco anos como professora da UNEAL. Iniciava uma nova jornada em minha vida, há mais de cinco anos havia cortado o cordão umbilical com o Rio de Janeiro, minha cidade natal onde nasci e me criei. Agora, Sergipe era meu novo horizonte e a Universidade Federal de Sergipe (UFS) a minha nova casa. Laranjeiras, uma cidade linda, um patrimônio histórico à céu aberto, cheia de cultura, tanto material como imaterial, sonho realizado de qualquer amante da história que ao percorrer suas ruas, contemplando os casarios do século XIX, deleitava-se com as possibilidades de estudo, pesquisa e vivência. Para mim foram cinco anos de projetos de pesquisa, tecnologia e extensão diretamente vinculados à cidade. Nela organizei, junto com colegas professores e alunos, eventos e exposições; nela me realizei e me tornei uma historiadora de fronteira, interdisciplinar, com visão de campo de saber holística, transitando entre a História, a Museologia, a Arqueologia e a Tecnologia, ainda arrisquei flertar com a Antropologia e a Sociologia que também me acolheram com suas leituras, conceitos e métodos. Artigos resultaram desse intercurso, artigos para eventos locais, regionais, nacionais e internacionais.
Artigos foram publicados em revistas acadêmicas Qualis A e B. Sites foram criados, filmes foram produzidos, entrevistas realizadas. Percorri as ruas da cidade com os alunos da Museologia e da Arqueologia, fui às escolas do centro e do Conjunto com os alunos, trouxemos a comunidade de Laranjeiras para dentro dos muros restaurados do antigo Trapiche para experenciar dois Cafés Coloniais, mais de cinco exposições, o Cinema na Museologia, as Oficinas de Educação Patrimonial. Conheci senhorinhas e jovens, almocei em várias casas, as pessoas aprenderam a me conhecer pelo nome e pelo curso de Museologia que eu represento na cidade, comi munguzá na praça da igreja matriz, misto no mercadinho e almocei várias vezes na Mussuca com dona Nadir cantando samba de coco. Participei de Encontros Culturais em janeiro, como palestrante, como pesquisadora, como apreciadora, da manhã até a noite. Realizei trabalhos na Casa de Cultura João Ribeiro. Fiz amigos moradores de Laranjeiras.
Agora vejo a universidade federal na figura de sua gestão maior virar as costas à cidade, vejo colegas e alunos falando em Laranjeiras nunca mais! como se fosse essa a solução para uma violência anunciada que foi crescendo em um contexto de muitos responsáveis. Quantos professores de tosos os cursos realmente preocuparam-se em conhecer a comunidade como eu conheci? Quantos dedicaram-se à proejtos de extensão na comunidade? Quantos são conhecidos pelo nome e reconhecem os moradores pelos nomes? Quantos alunos saíram de suas salas para integrar-se à comunidade? Quanto foi investido pela gestão maior da UFS em programas de integração/extensão comunitária? Digo programas e não projetos individuais! Há mais de um mês o melhor Secretário de Cultura que Laranjeiras-SE já teve - Neu Fontes - foi exonerado de seu cargo (justo aquele que organizou o Plano Municipal de Cultura, realizou foruns e conferências municipais de cultura, cadastrou os grupos de brincantes, forneceu informações para que esses grupos adquirissem autonomia e saíssem da órbita da dependência de cabresto da prefeitura) e a universidade não se manifestou e a população não se manifestou publicamente! Quantos projetos de auxílio aos dependentes químicos em Laranjeiras-SE foram finalizados pela atual prefeitura? Aliás, onde estão os projetos sociais dessa atual prefeitura? Projetos de emanciapação e não de dependência! Onde estão projetos para cursos profissionalizantes para os jovens que não vêem perspectivas (informática, eletrônica, eletricidade, obras, mecânica de carros)? Onde estão projetos para cultura e esporte (formação de agentes jovens culturais, formação de times em várias modalidades esportivas para disputar campeonatos)? A prefeitura mostra falta de competência gritante na gestão da cidade e tenta culpabilizar a universidade por algo para a qual recebe verbas para executar!!!! O Estado mostra-se omisso, como se Laranjeiras não fosse parte de Sergipe e o delegado afirma que um efetivo de 4 policiais é capaz de manter a segurança em meio à uma população urbana com mais de 25 mil pessoas.
A população de Laranjeiras está sendo assaltada todos os dias, os índices de violência contra as mulheres, de estupro e roubo de casas é alarmante. Por três vezes os vigilantes da UFS foram ameaçados em suas vidas, onde jovens em uma motocicleta tentaram levar suas armas. Na terceira vez, conseguiram. O campus foi imediatamente fechado - Ordem de cima! Protejamos o pratrimônio físico da universidade! - e nós professores e alunos colocados para fora, à noite, para ainda assustados, rodeados por crianças, buscarmos os demorado transporte para Aracaju. Na época das manifestações contra o aumento das passagens de ônibus em todo o Brasil, a comunidade de Laranjeiras fez sua passeata, mas a universidade informada de que haveria quebra-quebra mandou fechar o campus e colocou novamente alunos e professores, assustados, sem muitas informações concretas para fora, num contexto de paralisação de transportes públicos.
Agora, uma aluna do curso de Dança foi sequestrada e agredida, foi levada ao hospital, foi à delegacia acompanhada por professoras e a reportagem da TV (SE-TV) mostrou um policial afirmando ter sido apenas um surto psicótico e que nada havia acontecido de verdade! Há oito alunos de todos os cursos ameaçados de morte! Há uma lista! O que a gestão maior deciciu fazer diante desse quadro de medo, mandou fechar o campus durante 30 dias, sem buscar outras soluções e agora compõem-se documentos internos para a transferência imediata dos cursos para o Campus São Cristóvão! Foi uma ordem, um cumpra-se! Justo quando - nós historiadores - realizamos eventos sobre a Ditadura Militar em todo o Brasil, temos um cumpra-se, uma ordem sem abertura ao diálogo. Uma decisão de cima! Os alunos residentes foram para um outro município, estão passando privação de comida, uma vez que foram recolhidos pela universidade às pressas, objetificados, tratados como coisas! A população honesta, amiga, acolhedora e parceira de Laranjeiras está sitiada, assustada dentro de suas casas, pois também tem sido alvo de roubos e morte. Alguns professores e alunos comemoram a vitória de finalmente sair de Laranjeiras e ir para São Cristóvão quase ao lado de suas casas em Aracaju.

Eu e outros colegas choramos. Choramos a saída de nossa casa, porque nossa casa sempre foi Laranjeiras. Choramos uma ditadura democrática em pleno século XXI que se realiza dentro da universidade com ordens de fechamento e transferência, choramos a ignorância daqueles que acham que venceram mas perderam pois o que nos espera em São Cristóvão são containers (já que os cursos antigos brigam pelo espaço que não possuem) e o resun dos alunos impactados por mais mil alunos provavelmente terá filas quilométricas e falta de comida, a transferência para o Rosa Else resultará em outras violências (já que a violência urbana no Estado está generalizada pela falta de estrutura e investimento em efetivos policiais e em programas de inclusão social, profissionalização, tratamento de dependência química e empregabilidade). Choramos porque no final, eles que acham que venceram (os que queriam sair e os que queriam que nós saíssemos) não sabem o que fazem. Choramos porque perdemos a nossa casa, os nossos amigos, a nossa família que é Laranjeiras. Choramos porque Laranjeiras continuará em perigo e nada será feito. Choramos porque a universidade é covarde e ao invés de acionar a Polícia Federal para uma intervenção, acionar o Ministério Público Federal, simplesmente escolhe o caminho de sempre: fechar o campus e nos colocar à todos para fora. Choramos porque Sergipe perde um campus, de 5 passa a ter 4. Choramos porque os cursos desmembrados irão para São Cristóvão como retirantes de uma seca violenta de cérebros pensantes e solidários. Nessa violência dos sentidos ainda acusam a Museologia de não querer sair, sim, nós não queremos sair, porque ao contrário de muitos, enxergamos muito mais além do que o imediato, enxergamos e sentimos na pele a violência dos sentidos que hoje, na madrugada, se manifestou na invasão e roubo do Museu Afro-Brasileiro de Sergipe em Laranjeiras. Um claro aviso à Museologia, seus professores e alunos? Choramos porque o governo do Estado nada faz, a prefeitura nada faz e a universidade quando o faz...faz errado!

quinta-feira, 22 de maio de 2014

MUSEU AFRO-BRASILEIRO DEVE SAIR DO PAPEL EM BREVE


A ministra da Cultura, Marta Suplicy, disse no último dia (20) que o edital do concurso para definir o projeto arquitetônico do Museu Nacional Afro Brasileiro de Cultura e Memória deve sair nos próximos dias. O projeto do concurso está a cargo do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB) e a expectativa é que seja lançado ainda neste primeiro semestre, segundo a ministra.
Ela confirmou que a parceria com o IAB está fechada desde 2013, mas preferiu não dar detalhes sobre o edital. “Mudamos algumas coisas, e talvez na semana que vem tenhamos novidades”, declarou Marta em visita ao Rio de Janeiro.
O Museu Afro será erguido em Brasília, em terreno doado pelo governo do Distrito Federal, às margens do Lago Paranoá. A ideia é criar um centro de referência da cultura negra, com pesquisas sobre a situação dos negros no Brasil, sobre os impactos da escravidão, onde o visitante poderá compreender a influência da cultura afro-brasileira na identidade nacional.
Presidente da Frente Parlamentar em Apoio à Criação do Museu Afro-Brasileiro em Brasília, o deputado Edson Santos (PT-RJ), destinou R$ 300 mil em emenda parlamentar de 2013 para o concurso do IAB. Este ano, a frente parlamentar arrecadou mais R$ 600 mil para executar o projeto, que deve ser escolhido no concurso.
O deputado disse que a ideia da frente é articular o Congresso Nacional para viabilizar a construção e manutenção da unidade. “Ao iniciar-se o projeto, quando o museu ganhar materialidade, a frente parlamentar vai buscar recursos e mecanismos para fortalecer o orçamento do ministério com vistas ao museu”, disse à Agência Brasil.
Durante seminário sobre a escravidão, na Casa de Rui Barbosa, em Botafogo, zona sul do Rio, a ministra da Cultura destacou que o museu afro “pretende resgatar uma história não contada”. “Finalmente, a história vai sair dos livros, quer dizer, entrar, porque nunca entrou, e em museu, que não será de artefatos – esses nós temos -, mas de arquivos, que faça pesquisa, que possibilite reflexões e que agregue à nossa capital, Brasília, esse lugar de aprofundamento da identidade brasileira”, explicou.
O Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), com servidores em greve, não atendeu à reportagem. Procurado, o IAB também não antecipou detalhes sobre o concurso.


Fonte: ebc.com.br/editor Stênio Ribeiro