sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Incêndio de grandes proporções no Memorial da América Latina






Quinze viaturas dos bombeiros combatem as chamas
(Foto: Ana Cláudia Barros/R7).










Um incêndio de grandes proporções atinge o auditório Simon Bolívar do Memorial da América Latina, espaço cultural público situado na Barra Funda, na zona oeste de São Paulo, na tarde desta sexta-feira (29). Segundo informações do Corpo de Bombeiros, uma vítima foi socorrida.
27 carros e caminhões dos Bombeiros estão no local e um helicóptero está ajudando a combater as chamas. Uma quantidade grande de fumaça está saindo de dentro do auditório.
Segundo a assessoria de imprensa do memorial, não havia funcionários no espaço no momento do incêndio. A assessoria informou que um curto-circuito atingiu a rede elétrica do auditório, que é o principal do memorial e tem 1.600 lugares. O fogo atingiu a platéia B do auditório.
A assessoria de imprensa, que fica em um prédio ao lado do auditório, afirma que a parte administrativa do memorial está sem energia elétrica desde a manhã de hoje, assim como outros estabelecimentos da região. A assessoria não soube informar se não havia energia elétrica no auditório.

O Memorial da América Latina foi inaugurado em 18 de março de 1989 na cidade de São Paulo, Brasil. É um centro cultural, político, e de lazer.  O conjunto arquitetônico, projetado por Oscar Niemeyer. O projeto cultural foi desenvolvido pelo antropólogo Darcy Ribeiro, com autonomia financeira e administrativa, vinculada à Secretaria de Estado da Cultura.
O memorial é composto por vários edifícios dispostos ao longo de duas áreas unidas por uma passarela, que somam ao todo 25.210 metros quadrados de área construída: o Salão de Atos, a Biblioteca Latino-Americana, o Centro de Estudos, a Galeria Marta Traba, o Pavilhão da Criatividade, o Auditório Simón Bolívar que pegou fogo na tarde de 29 de novembro de 2013. Na Praça Cívica, encontra-se a escultura em concreto, também de Niemeyer, representando uma mão aberta, em posição vertical, com o mapa da América Latina pintado em vermelho na palma.
O memorial possui um acervo permanente de obras de arte , exibidas ao longo da esplanada e nos espaços internos, e conta com um centro de documentação de arte popular latino-americana. A bibliotecas possui cerca de 30 mil volumes, além de seção de música e imagens. O complexo promove exposições, palestras, debates, sessões de vídeo, espetáculos de teatro, música e dança. Mantém o Centro Brasileiro de Estudos da América Latina, organização de fomento a pesquisas acadêmica sobre assuntos latino-americanos. Publica regularmente a revista Nossa América e livros variados. Serviu de sede ao Parlamento Latino-Americano entre 1989 e 2007 (atualmente localizado na cidade do Paraná).


"Poucos temas me deram tanta alegria ao projetá-los como o Memorial da América Latina. Primeiro pelo sentido político que representava. Reunir os povos deste continente para juntos discutirem seus problemas, trocando experiências, lutando pelos direitos desta América Latina tão explorada e ofendida. Depois, porque se tratava de um conjunto de prédios que, bem projetados, poderiam criar o que em arquitetura chamamos de espetáculo arquitetural." (Oscar Niemeyer).

sábado, 23 de novembro de 2013

Movimento cultural critica projeto que transfere Museu da República do GDF para União




 Museu da República do GDF
Fonte: google



Artistas, produtores e militantes culturais do Distrito Federal se manifestaram contra a transferência da gestão do Museu Nacional da República Honestino Guimarães do GDF para a União. O grupo se reuniu em comissão geral na Câmara Legislativa nesta quinta-feira (21) para debater o tema. A autorização da cessão está prevista no projeto de lei nº 1.693/2013, enviado pelo Executivo à Câmara. Os participantes também reivindicaram a criação de novos complexos culturais em outras cidades do DF.  
A realização do debate foi sugerida pelos deputados Celina Leão (PDT), Liliane Roriz (PRTB) e Olair Francisco (PTdoB) e contou com a participação de representantes de diversos colegiados culturais, do GDF e do governo federal.  
Os três deputados se posicionaram contra a proposta do Executivo. Segundo Celina, se o argumento para a transferência é o fato de espaço se chamar Museu Nacional, seria necessário a transferência para o governo federal o Estádio Nacional Mané Garrincha.    
O produtor cultural Luciano Lima condenou o argumento de falta de dinheiro, segundo ele, utilizado pelo GDF para justificar a transferência da gestão.   
— Como é que falta dinheiro se acabamos de construir um estádio de quase R$ 2 bilhões que vai se tornar um elefante branco?  

Um manifesto do movimento cultural foi lido e distribuído durante o evento, pedindo a rejeição do projeto de lei. "Reiteramos o valor e a importância do Museu da República e de seu rico acervo de arte contemporânea, como patrimônio cultural do Distrito Federal, por sua concepção, pelo conceito da atual administração, com uma política de formação e exposição de acervo em movimento, por ser um dos raros espaços sob a gestão do DF com programação constante e diversa, por sua abertura a todo tipo de público, moradores de qualquer parte do DF, do Entorno, do Brasil e do mundo", diz um trecho do documento.  
Não faltaram críticas ao projeto durante o debate. O prefeito de Água Fria, o ex-deputado distrital João de Deus, classificou o projeto como uma "excrescência" contra a cultura do DF. Já o artista plástico Henrique Gougon elogiou o trabalho desenvolvido atualmente no Museu e afirmou que a cidade não merece perder o espaço. E o maestro Rênio Quintas criticou a falta de diálogo do GDF com a classe cultural sobre a proposta, principalmente diante da falta de espaços no DF.  
O deputado Agaciel Maia (PTC) participou do debate e ressaltou a importância da discussão da proposta com a sociedade, "para aperfeiçoar o processo legislativo". Em sua opinião, mais importante do que quem fará a gestão é a preservação e a valorização do espaço cultural.  
Na mesma linha, o deputado Wasny de Roure (PT) defendeu o aprimoramento do projeto a partir de discussões com a população e do "bom senso". O parlamentar se manifestou, contudo, a favor da proposta. Para ele, a obra pertence ao povo brasileiro e é necessária para democratizar os acervos dos órgãos federais e permitir que a população tenha acesso.  
O secretário de Cultura, Hamilton Pereira, considerou a discussão "proveitosa" e destacou vários aspectos do Museu, lamentando a descontinuidade dos projetos culturais no DF ao longo dos últimos governos. Para ele, é importante construir um modelo de gestão duradouro e capaz de continuar oferecendo um serviço de qualidade. Pereira afirmou acreditar na construção de uma proposta convergente e democrática.   
— O Museu não tem dono. O Museu é da população, de Brasília, do Brasil e de todos que o visitam. O mais importante é olharmos para como vamos oferecer um serviço de qualidade à população.  
O presidente do Conselho de Cultura do DF, Romário Schetino, explicou que a questão ainda não foi esgotada pelo colegiado e defendeu a discussão de uma proposta de gestão compartilhada do Museu.  
Na opinião do presidente do Ibram (Instituto Brasileiro de Administração de Museus), Angelo Santos, o debate está sendo travado com base em informações equivocadas sobre a proposta. Segundo ele, a intenção, a partir de conversas entre a presidenta Dilma Rousseff, o governador Agnelo Queiroz e a ministra da Cultura, Marta Suplicy, sempre foi valorizar o Museu Nacional e transformá-lo numa referência no País, em parceria com o GDF. O presidente negou a possibilidade de implantar uma exposição permanente no local. 

Fonte:R7

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Ciência, Arte e Afeto: amostras do Museu De Arqueologia de Xingó acontece de 4 a 8



O Museu De Arqueologia de Xingó (Max) da Universidade Federal de Sergipe, desde sua criação em 2000, desenvolve atividades pedagógicas no âmbito de escolas públicas e particulares de nosso estado, através do projeto "Ação Educativa".
A Ação Educativa/MAX apresentará à sociedade sergipana a exposição "Ciência, Arte e Afeto: Amostras do MAX" durante a I Semana Acadêmica Cultural da UFS no período de 04 à 08 de novembro próximo. A exposição está composta de três amostras:
MAX Itinerante "9000 anos de ocupação humana" – Réplicas de material arqueológico de Xingó resultantes do salvamento no baixo São Francisco. A exposição se configura num trabalho pedagógico e científico de relevância patrimonial para toda a sociedade, por abordar a questão do tempo da ocupação humana em Sergipe.
Mestre Tonho "Da Dor à Arte"- Antonio Francisco da Silva, conhecido por mestre Tonho é artesão natural de Poço Redondo. Sua técnica utiliza a emburana, madeira nativa da região para esculpir peças conhecidas no cenário nacional. Atualmente suas peças estão em exposição no MAX, no município de Canindé de São Francisco.
Programa "Relíquia de Família" faz parte do elenco de atividades da Ação Educativa-MAX/UFS. Este programa está em desenvolvimento em duas escolas sergipanas e pelos alunos do Núcleo de Pesquisa e Ações da Terceira Idade NUPATI/UFS. Seu objetivo é refletir sobre as noções de patrimônio cultural, buscando promover atitudes de afeto, identidade e reconhecimento pelos bens culturais.

Programação
A exposição Ciência, Arte e Afeto: Amostras do MAX acontecerá no período de 04 a 08 de novembro, manhã e tarde, no hall da reitoria do campus de São Cristóvão sob a responsabilidade de Geovania Carvalho - Coordenadora da Ação Educativa e Railda Nascimento - Coordenadora de Exposição e alunos monitores dos cursos de Arqueologia e Museologia do CAMPUSLAR/UFS. Na terça-feira,5, terá a presença do Mestre Tonho esculpindo.

Fonte: NPGED/UFS