Manifestantes
roubam bandeiras no Museu Júlio de Castilhos
(Foto: Daniel Bitencourt).
Depredado durante o protesto na noite de quinta-feira dia 26 no Centro de Porto Alegre, o Museu Júlio de
Castilhos voltou a funcionar normalmente na tarde de sexta (247), após a
recolocação dos vidros quebrados por pedradas. O diretor do museu, Roberto
Schmitt-Prym, contou ao G1 que no momento do ataque recebia
convidados no local para um evento, e todos tiveram de fugir para não serem
atingidos.
"A sala estava cheia de gente
quando arremessaram as pedras", disse Schmitt-Prym, lembrando que a
movimentação foi "muito rápida, mas muito intensa". "Eram muitas
pedras", lembra.
Durante o ato, manifestantes escalaram
a fachada do casarão do Museu Júlio de Castilhos, construído em 1887, e
roubaram as bandeiras do Rio Grande do Sul e do Brasil
hasteadas no local. Além disso, arremessaram pedras e picharam a fachada. Cinco
pessoas foram presas e dois menores, aprendidos por vandalismo, informou a
Brigada Militar no fim da noite. Não há registro de feridos.
O ataque ao museu ocorreu no momento
em que era lançada a obra Teu Amigo Certo, uma correspondência inédita de Júlio
de Castilhos transcrita e organizada por Keter Velho. Segundo Schmitt-Prym, as
pedradas causaram medo nos convidados.
Vidros de agências bancárias também foram depredados.
(Foto: Daniel Bitencourt).
"Os vidros quebrando fazia um
barulho muito grande, e depois as pedras batiam contra a parede e o chão. O
barulho é razoavelmente grande. As pessoas tiveram de sair da sala
rapidamente", contou.
O trabalho de recuperação teve início
na manhã desta quinta, quando os vidros quebrados foram recuperados. Ao longo
do dia, a porta de entrada foi consertada e novas bandeiras colocadas. O gasto,
segundo Schmitt-Prym, foi de cerca de R$ 600. "Só falta remover as
pichações da fachada, mas isto é um trabalho mais especializado, pois são
perdas, arenitos", disse o diretor.
Sobre o Protesto
Desde o final da tarde, pouco mais de 100 pessoas se concentraram em frente à prefeitura, no centro da cidade. Por volta das 19h, os manifestantes saíram em marcha até o Palácio Piratini, a sede do governo estadual, passando pelo edifício onde mora o prefeito José Fortunati. No caminho, outra centena de manifestantes se juntou ao protesto, segundo a Brigada Militar.
Desde o final da tarde, pouco mais de 100 pessoas se concentraram em frente à prefeitura, no centro da cidade. Por volta das 19h, os manifestantes saíram em marcha até o Palácio Piratini, a sede do governo estadual, passando pelo edifício onde mora o prefeito José Fortunati. No caminho, outra centena de manifestantes se juntou ao protesto, segundo a Brigada Militar.
Atos de vandalismo foram registrados
durante a noite. Pelo menos duas agências bancárias e um casarão histórico onde
funciona o Museu Júlio de Castilhos foram alvos de depredação por pessoas com
os rostos coberto e vestidas de preto. Portas de vidro de um prédio da
Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) também foram quebradas. Pedras
também foram atiradas contra a Catedral Metropolitana, que teve vidros
quebrados. Um policial militar levou uma pedrada no rosto, mas passa bem.
Brigada Militar atira granadas de gás lacrimogêneo
(Foto: Daniel Bitencourt).
Pouco depois dos registros de
vandalismo a Brigada Militar decidiu intervir. A Tropa de Choque avançou sobre
os manifestantes, que recuaram. Três bombas de gás lacrimogêneo foram atiradas
contra o grupo, mas não houve conflito. Pouco antes das 21h, os manifestantes
começaram a se dispersar.
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