Dezoito fatos sobre as salas de exposição
e centros de arte da cidade. Saiba mais sobre a história, as construções e os
acervos dos principais museus do Rio
por Louise Peres | 16 de Maio de 2014.
CCBB
Rio: em duas décadas, ele já figura entre os principais centros culturais do
mundo
Nos últimos anos, os cariocas não têm do que reclamar: estão muito bem servidos quando se trata de programação cultural de museus. Além de construções interessantes, os centros de exposição cariocas são destino de exposições imperdíveis - como os expoentes do Impressionismo, que atraiu uma multidão de visitantes ao CCBB, ou as obras hiper-realistas de Ron Mueck, atualmente em cartaz no MAM. Para a nossa sorte, o que não faltam são museus na cidade – e sempre teremos algo a descobrir sobre eles. Na semana em que é celebrado o Dia Internacional de Museus (18 de maio), VEJA RIO listou dezoito curiosidades sobre alguns dos principais espaços de exposição do Rio - certamente você desconhece muitos desses fatos. Confira a lista abaixo e saiba mais sobre eles.
1 - Na famosa rotunda, o pregão da bolsa Inaugurado como
sede da Associação Comercial do Rio de Janeiro, em 1906, o Centro Cultural
Banco do Brasil abrigava em sua rotunda o pregão da Bolsa de Fundos Públicos.
Na década de 1920 passou a pertencer ao Banco do Brasil, que o reformou para
abertura de sua sede.
Rotunda:
espaço que hoje recebe obras interativas antes abrigava o pregão da bolsa.
2 - Sai o dinheiro, entra a arte: No final da década de
1980, resgatando o valor simbólico e arquitetônico do prédio, o Banco do Brasil
decidiu pela sua preservação ao transformá-lo em um centro cultural. O projeto
de adaptação preservou o requinte das colunas, dos ornamentos, do mármore que
sobe do foyer pelas escadarias e retrabalhou a cúpula sobre a rotunda.
3 - Em duas décadas, referência para a cultura: Inaugurado
em 12 de outubro de 1989, o CCBB transformou-se rapidamente em um dos centros
culturais mais importantes do País. É o museu/centro cultural mais visitado do
Brasil e o 17º no mundo, de acordo com o ranking da publicação inglesa The Art
Newspaper (abril/2013).
4 - Quase 15 mil m² de arte: A construção possui uma área
construída de 19.243m². O CCBB ocupa 15.046m² desse total.
5 - Jardim com a mão presidencial: As palmeiras,
elementos marcantes dos jardins do Museu de Arte Moderna, tiveram o plantio
inaugurado pelas mãos do então presidente Juscelino Kubitschek, em 1958. Ele
foi o responsável por plantar a primeira de uma série de 48 mudas.
6 - Sede no Capanema: Antes de ocupar o prédio atual, no
Aterro, o MAM foi instalado em 1952 no Palácio Gustavo Capanema, então sede do
Ministério de Educação e Saúde. Em dezembro, a Câmara dos Vereadores aprova
proposta de doação de terreno de 40 mil metros quadrados para a instituição.
MAM:
instalação nos pilotis
7 - O prédio atual: A construção que hoje abriga o MAM
teve o projeto desenhado por Affonso Eduardo Reidy em 1954. No mesmo ano,
Roberto Burle Marx projetou os jardins. Somente em 58 foi concluída a
construção do Bloco Escola, que passou a ser a sede do museu. A mostra inaugural
apresentou trabalhos do pintor inglês Ben Nicholson e de nove escultores
britânicos contemporâneos.
8 - Acervo destruído: Vinte anos depois, em 8 de julho de
1978, um incêndio destrói praticamente toda a coleção do Museu, provocando
também graves danos ao Bloco de Exposições. Nenhuma das telas da mostra Arte
Agora III – América Latina: Geometria sensível escapa ao fogo.
9 - Uma coleção portuguesa, com certeza: O acervo do
Museu Nacional de Belas Artes teve origem no conjunto de obras de arte trazido
por D. João VI de Portugal, em 1808. Alguns anos mais tarde, ele foi ampliado
com a coleção reunida por Joachin Lebreton, que chefiou a chamada Missão
Artística Francesa, formando a mais importante pinacoteca do país. Este núcleo
original foi enriquecido com importantes incorporações ao longo do século XIX e
início do século XX.
Museu
Nacional de Belas Artes: acervo inicial trazido de Portugal.
10 - Cem anos depois: Com a construção da nova sede da
Escola Nacional de Belas Artes, em 1908, um projeto do arquiteto Moralles de
los Rios, a coleção passou a ocupar parte do novo prédio. O MNBA seria criado
oficialmente somente em 13 de janeiro de 1937.
11 - Setenta mil itens: É o acervo estimado do MNBA.
Compõem a coleção pinturas, esculturas, desenhos e gravuras brasileiras e
estrangeiras dos séculos passados até a contemporaneidade, além de reunir um
segmento significativo de arte decorativa, mobiliário, gliptíca, medalhística,
arte popular e um conjunto de peças de arte africana.
12 - Hoje Museu da República, antes residência: Hoje um
espaço destinado a preservar, investigar e comunicar a história da República
Brasileira, o palácio do Catete serviu de residência para o Barão de Nova
Friburgo e sua família, entre 1866 e 1890, e para os presidentes republicanos,
entre 1897 e 1960.
13 - A República em 10 mil peças: O acervo é composto por
coleções que reúnem cerca de 10 mil objetos relativos à história do período
republicano no país, desde a sua idealização aos dias atuais: objetos pessoais
de políticos e personalidades importantes da época; coleções com objetos
pertences à família do barão de Nova Friburgo, primeiros moradores do palácio.
14- Quase três anos de obras : Foi o período
necessário para que o Museu de Arte do Rio (MAR) abrisse as portas de seus dois
prédios de perfis heterogêneos: o palacete tombado Dom João VI e um edifício de
estilo modernista, que abrigava um terminal rodoviário. As duas construções que
formam o museu, unidas por meio de uma passarela e uma cobertura em forma de
onda, totalizam um complexo de 15 000 metros quadrados.
Museu de Arte do Rio: quase três anos de obras.
15 – Marco da museologia no país: O Museu Histórico
Nacional Abrigou o primeiro curso de museus do país, criado por Gustavo Barroso
em 1932, atual Escola de Museologia da Universidade Federal do Estado do Rio de
Janeiro - UNIRIO, primeira instituição de ensino superior em Museologia na
América Latina.
16 – Política de preservação: O museu também foi o
pioneiro na política de preservação do Patrimônio Nacional, abrigando, entre
1934 e 1937, a Inspetoria de Monumentos Nacionais.
17 – 350 mil itens: É o número estimado do acervo do MHN,
criado na década de 1920. Dentre as peças está a maior coleção de numismática
da América Latina.
Tela
no MHN: um dos 350 mil itens que compõem o acervo.
18 – O prédio: A construção que abriga o MHN foi erguida
pelos portugueses para servir de defesa da Baía da Guanabara, e a configuração
de seu conjunto arquitetônico é um retrato da memória da ocupação e urbanização
da cidade. O Forte de São Tiago da Misericórdia foi construído em 1603, na
ponta do Calabouço, porção de terra estratégica que avançava sobre o mar entre
as praias de Piaçaba e de Santa Luzia, desempenhava importante papel na
proteção da cidade e na administração colonial.
Fotes: VejaRio; sites oficiais dos museus; site do projeto Museus do Rio.
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